Mary Ellen Bates tem já seis livros no seu curriculum.
Falou de descoberta de informação na nova web, aka Web 2.0.
Não foi um chorrilho de sites e truques mas um conjunto de técnicas e alertas à navegação, pontilhadas com boas histórias e evidência anedoctal das várias coisas que desejava transmitir.
Aliás uma das coisas de que mais gosta de fazer piada é precisamente a sua incapacidade de ver o potencial de novas tecnologias, ou melhor, de dizer mal do começo de coisas que seis meses depois se tornaram mainstream.
Recorda com muito gusto o facto de no ano em que começou a fazer cursos sobre a web ter passado os primeiros nove meses a fazer cursos sobre a correcta utilização do gopher e da veronica. E é preciso ser muito antigo na web para saber do que ela está a falar.
É uma senhora baixinha e escorreita, petite seria o termo francês, mas tem um à vontade a falar que establece perfeitamente o nível de autoridade com que deve ser ouvida ( isso e seis livros de sucesso na área)
Falou de vários promenores de vários serviços característicos da web 2.0 , alguns dos quais obtiveram Huau da assistência.
No essencial lembrou que os motores tradicionais pensam na web em termos de que uma coisa foi escrita ontem para ser lida daqui a dois meses, pelo que não consideram probema se apenas visitam um site de dois em dois meses. Na web2.0 isso não é assim, tanto que os grades motores de pesquisa têm já o hábito de tomar o pulso aos principais blogs todos os dias.
Outro dos paradigmas da web2.0, o mashup, também é propensa a produzir sitios que têm muita capacidade informativa, mas esta apenas é inteligivel por humanos… e os motores de pesquisa não encontram nada de relevante quando indexam esses sitios; isto é: nada do que é encontrado e indexado será provavelmente palavra de pesquisa usada por quem precise muito da informação ali contida. O exemplo máximo disso é o zollio ( valores de casas pelo mashup entre google maps e registos do equivalente às nossas Conservatórias do Registo Predial).
Há no entanto uma história deliciosa que conta sobre uma FAQ que um voluntarioso utilizador do flickr escreveu, em tempos mas ainda um recurso muito apontado, em que, sem o saber, re-descobre toda a problemática da catalogação e da indexação, fazendo os raciocinio todos certos quando aconselha a etiquetar por dogs e não por dog. O que não podia deixar de me lembrar do meu ódio de estimação, Weinberger, que parece. aliás, já ter descoberto a diferença entre catálogo e indexação quando arruma o guarda roupa.