No número mais recente (à data) do BULLETIN of the American Society for Information Science and Technology está um artigo (From Open Source to Open Libraries por Thomas Krichel) que recomendo a todos os que têm vindo a visitar este singelo blogue.
Depois de apresentar uma definição de trabalho de Biblioteca Digital Aberta (conjunto de meta-dados construídos em representação de um universo seleccionado de documentos (digitais ou não, livres, a pagantes ou mesmo privados) para uso livre) é elaborada uma listagem de obstáculos à sua implementação da qual apresento alguns excertos:
Technical incompetence is a huge problem. Unicode, XML and its related technologies such as XML Schema and XSTL, CSS, SQL, OAIPMH and OAI-ORE, operating system skills, basic knowledge of networking, and above all, knowledge of a scripting language such as Perl or PHP – it all adds up to a large body of knowledge. While it is not required that every digital library builder have a deep knowledge of each of these areas, a deep understanding of at least a few of them, as well as having the programming skills, is required.Without this foundation, we can’t get started. Usually none of these technologies is taught in library schools. For years, I have been battling to introduce at least a small part of this body into the curriculum of my school, without much success. As a result the average library school graduate has almost no chance of getting involved in digital library building. One may argue that this work can be left to technical staff and that library staff only need to design the system. To characterize how absurd this idea is, I use the analogy of a person who wants to be a singer but has no voice.You can’t turn to this person and say, “OK. No problem.You can’t sing, but you can just imagine how a piece should be sung, and somebody else will sing for you.”Without having studied the technical underpinnings, library staff lack the analytical reasoning skills that are required even to get started with the design of new systems. All they will be able to say is, “Oh, it should be user friendly.” As a result, innovation in libraries is stifled. There is a tendency to contract out all developments that involve digital information skills. As I wrote in a mailing list recently, "Libraries are outsourcing to their death.”
Todos os realces são meus.
Gostava de ver comentários às afirmações colocadas.
Pessoalmente concordo com o autor. A minha experiência de Licenciado em Ciências e Tecnologias da Documentação e Informação pela ESEIG e Pós Graduado em Sistemas de Informação (em curso) pelo IST diz-me que a projecção ‘no digital’ e ‘pela via digital’ de serviços de documentação (biblioteca, arquivo, documentação) sofre do problema expresso acima.
Será que a pós-graduação de bibliotecários em sistemas de informação , ou a pós-graduação de informáticos em ciências da documentação é realmente a única via? Por oposição à criação de um currículo capaz de produzir ‘digi-documentalistas’?
Não há nada com o que discorde no texto!
Até a analogia do cantor encaixa perfeitamente!
Quando a falha está no curso tirado, não pode haver falha no desenvolver da nossa carreira.
Existem cursos paralelos para melhorar as lacunas informáticas e sobretudo a auto-formação deve ser uma constante!
Mais do que saber e ter bases informaticas que nos permitam desenvolver projectos, não direi inovadores, mas com qualidade e viabilidade, é necessário o profissional ter os olhos postos no futuro e antecipar as necessidades.