A afirmação de que a “informação” em qualquer Sistema que se candidate a denominar de Gestão de Informação deve ser “rei” e “rainha” é tautológica, mas passa ao lado de muitos informáticos (e incidentalmente de muitos bibliotecários e arquivistas [Pode-se mesmo dizer que tanto os informáticos como os biblitecários e os arquivistas demonstram sempre tendências para confundir, atavisticamente, o “suporte” com o “conteúdo” – Os livros e os bits transmitem “informação”]).
O problema advém de se confundir a transmissão e o armazenamento de dados com a transmissão e armazenamento de informação.
A informática, apesar da raiz do vocábulo, em mais de 90% dos casos, está a analisar, transmitir, criar, registar “dados” e não “informação”.
É o humano, que operacionaliza esses “dados” em “informação”.
Opero aqui sob um quadro estrutural de definições que presume que o conceito de “conhecimento” apenas existe na consciência humana, e que a projecção do “conhecimento” para outra pessoa ou para armazenamento se faz convertendo o “conhecimento” em “informação”. O fenómeno que converte de novo a “informação” em “conhecimento” é por norma conhecido como “aprendizagem”. A transmissão ou registo de “informação” faz-se por diversos mecanismos de transmissão e registo de dados (no sentido em que para esses sistemas o conteúdo informacional do que é transmitido ou armazenado tende a ser irrelevante)
Será assim possível afirmar que a arquitectura de um sistema de informação não é possível sem a dimensão humana.