Voltando a um assunto morno

By | 14 de Agosto de 2009

Considerando que (segundo Laudon & Laudon) existem 4  tipos de mudanças estruturais viabilizadas pelas tecnologias de informação:

  • Automação (Automation):  Permite realizar tarefas mais eficientemente e com maior eficácia
  • Racionalização de Procedimentos (Rationalization of procedures): A agilização de operações regulares eliminando ‘gargalos’ de modo a que a automação torne as tarefas mais eficientes
  • Reengenharia de Processsos (Business process reengineering): Analisa, simplifica e redesenha os procedimentos normais da actividade com o objectivo de redução de custos do conjunto de actividades
  • Mudança de Paradigma (Paradigm shift): Re-conceptualização da natureza do ‘negócio’ e da natureza das organizações

Segundo os autores do grafo as formas mais comuns de mudança organizacional são a automação e a racionalização, São lentas e mudam pouco de cada vez, apresentam pouco retorno, mas também pouco risco. Os comportamentos mais rápidos e abrangentes- como a reengenharia e a mudança de paradigma- têm altas recompensas mas também substanciais hipóteses de falhar.

Estes riscos devem-se à extensão da mudança organizacional que é necessário levar a cabo para conseguir mudanças tão profundas, e à dificuldade em a “orquestrar”.

Pouco adiante os autores afirmam o seguinte: Uma das decisões estratégicas mais importantes que uma organização pode tomar não é decidir como usar sistemas de informação para agilizar os processos de negócio, mas compreender quais os processos de negócio que precisam de ser agilizados (…) Quando os sistemas de informação são usados para fortalecer um modelo ou um processo de negócio errado , a organização pode-se tornar mais eficiente a fazer o que não deve continuar a fazer (Hammer, 2002 ). Como resultado, a organização torna-se vulnerável à concorrência que tenha descoberto um modelo de negócio mais apropriado às circunstâncias envolventes. Para não falar o considerável esforço e tempo que pode ser gasto a melhorar processos que têm pouco impacto na performance e receitas globais da organização.

in Management Information Systems, Capitulo 13 Building Information Systems, secção 13.1: Systems as Planned Organizational Change

Este conceito (“Tornar-se muito bom a fazer a coisa errada”) tem-me apoquentado desde que o absorvi,

3 thoughts on “Voltando a um assunto morno

  1. NG

    I feel the same.

    Mas é a realidade das nossas (mas não exclusivamente) empresas.

    🙂

  2. Julio Anjos Post author

    E até de classe profissionais inteiras.

    Para mim, especificamente, a inquietude advém da dúvida de se ao aplicarmos métodos e ferramentas Web 2.0 a bibliotecas não estamos apenas “a melhorar” determinados procedimentos escondem, pelo “glitter” e auto-contentamento, a necessidade de refazer o paradigma, ie: postura no mundo e processos de trabalho.

    “paradigma pós-custodial” é um nome tão com como qualquer outro

    PS: Obrigado pela visita e pelos comentários, Nuno!

  3. NG

    De nada, faço-o com prazer…
    descobri por acaso o teu blog.
    muito interessante.
    gostei da parte do JAVAr… de serviço 🙂

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