Definições (depois de adaptadas):
- Grupos sem cujo suporte a biblioteca deixa de existir (Stanford Research Institute)
- Todas as pessoas, grupos ou organizações que podem reclamar parte dos recursos, atenção e produto da organização ou ser afectados pela produção da organização (John Bryson)
- Os stakeholders duma biblioteca universitária são todos aqueles (pessoas/organismos) que são atingidos pela sua performance e têm algo a perder ou a ganhar conforme a performace melhora ou piora.
- Stakeholders são mais que meros utilizadores da biblioteca: preocupam-se com o seu sucesso, promovem as suas actividades, são lobbyists em seu nome (Weingand, 1997).
A visão inclusiva do conceito aceita que pode haver grande variedade de relações entre um stakeholder e a Biblioteca, mas propõe que o foco seja colocado sobre
- Os que investem nela (shareholders)
- Os que compram/usam os seus produtos e serviços (customers)
- Os que nela trabalham (empregados)
- Os que lhe fornecem produtos e serviços (fornecedores)
- Os em cujo seio ela opera: comunidade (local, nacional, internacional)
(Royal Society for the encouragement of Arts, Manufactures & Commerce (RSA))
Aos primeiros, shareholders, podemos assignar os organismos de gestão da Escola e do Instituto; indirectamente a biblioteca é influenciada pelo, mas não pode influenciar o Ministério que dota o Instituto e através deste a Escola de verbas. Por último a Nação com cujos impostos essas verbas são concretizadas.
Como "customers" podemos qualificar os professores, os alunos e outros investigadores, internos ou externos, que façam uso dos serviços da biblioteca
Empregados é, à partida, auto evidente
Em "fornecedores" temos todos os livreiros e fornecedores de bases de dados, de software de gestão do acervo, etc
À comunidade temos de assignar dois ou três componentes:
- A dita sociedade/nação, que paga o funcionamento da biblioteca recebendo em troca graduados capazes de aumentar a riqueza nacional
- A comunidade científica externa (nacional e internacional)
- que cria a ciência documentada nos serviços adquiridos pela biblioteca
- que recebe a ciência feita na instituição recorrendo aos serviços e produtos disponibilizados pela biblioteca
- Uma outra comunidade que é stakeholder nos cursos ministrados na Escola são as entidades potenciais empregadoras dos licenciados.
No caso do meu curso um dos stakeholders mais intímos são todos os directores de serviços de informação que um dia tenham de encarar a opção de contratar ou não um licenciado deste curso nesta escola.
A ligação entre o stakeholder "sociedade" e o "curso-biblioteca-escola" é precisamente feita através da ligação entre os "cursos"(linhas de produção) e o "mercado de emprego" (em que se concretiza o retorno dos serviços dos licenciados ao investimento feito pala sociedade).
Assim podemos apresentar a seguinte sequência de stakeholders (conforme mais ou menos afectados pela performance da Biblioteca):
- Estudantes
- Corpo docente (como utilizadores directos e como beneficiários do serviço prestado pela biblioteca aos primeiros)
- Direcção da biblioteca
- Funcionários da biblioteca
- Gestão da Escola e do Instituto (especificamente como administradores e genéricamente como beneficiados da maior qualidade de licenciados)
- Governo
- Sociedade (teoricamente desde a humanidade no seu todo ao município)
- Comunidades de investigação (externas)
- O futuro
( Brophy, P. and Coulling, K. Quality management for information and library managers. London: Aslib Gower, 1996 (p. 41))
Stakeholders com alguma significância mas difíceis de enquadrar numa chamada ao planeamento estratégico:
- Bibliotecas que formam redes e sistemas com esta
- Os fornecedores
- As associações profissionais (a comunidade de bibliotecários que é atingida pela performance de toda e cada biblioteca), mas isso obriga a enquadrar todo o sistema nacional de ensino superior e todas as suas bibliotecas, como stakeholder….