Isto já é uma keynote que se aproveite. Falou da maneira como a e-science modificou o panorama de criação de conhecimento nas ciências físicas, como a necessidade de custódia de dados começa a ter impacto nas bibliotecas, como até as ciências humanas estão a alterar a sua relação com o mundo das TIC e como um dia será possível falar de e-filosofia. Como até os museus estão a digitalizar dados e imagens sobre as suas colecções e fundos, e numa tirada que me relembrou a minha querida professora Ana Terra, falou dos problemas de custódia, preservação e resiliência que o Katrinna veio expor.
Falou também da emergente necessidade de uma nova profissão ou especialização de outras formações: o data scientist.
Falou de como já se faz astronomia pela análise de informação gravada ao invés de por nova observação.
Falou de como Salmon Rushdie fez já o depósito de todos os seus personnal papers para arquivo perpétuo incluindo todos os emails desde 1992!!!
Falou dos desafios que as profissões legais enfrentam e das necessidades de data minning que representou a apreensão de 3 terabytes de emails da EMRON, tanto para a acusação como para as diversas defesas.
Falou de como a digitalização de tudo e mais alguma coisa, para já não falar da velocidade de produção de novo material, está a tornar impossível ler tudo o que há para ler, no tempo de vida do investigador, para cada vez mais disciplinas (a famosa pressão para nos tornar-mos especialistas em coisas cada vez mais insignificantes)
Um mundo cheio de oportunidades de novas profissões para todos os meus colegas no curso de CTDI e nas outras licenciaturas. E um mundo em que a licenciatura de Info-Doc faz cada vez mais sentido, pois estas competências não devem ser um corolário de outra disciplinas, mas sim o inverso.