Muitas coisas muito profundas foram ditas neste debate, algumas delas em francês por delegados vindos da África Negra.
O presidente em exercício da IFLA relembrou o quanto este case lhe lembra a decisão de tribunal que dizia: “A liberdade de expressão acaba antes de gritar «FOGO» num teatro cheio” e a globalização faz deste mundo um “teatro cheio”… há no entanto que nunca esquecer o nosso inalienável direito de avisar toda a gente que o “teatro” é uma “fire trap”.
Alguém invocou muito a propósito o principio do “decorum” que faz parte dos principios da comédia e da sátira desde os tempo clássicos.
O presidente da associação DInamarquesa proferiu alumas palavras e mais tarde um bibliotecário afro-americano, formado na Dinamarca, veio a terreno proclamar que a seu ver aquilo que na Dinamarca é tido como “Liberdade de Expressão” não é uma coisa que se considere um direito adquirido (e em tanto lado conquistado a pulso, sangue e lágrimas)… é um direito culturalmente inato exercido desde há gerações (os vikings eram cooperativas). Aparecer-lhes uma civilização pela porta a dentro com todo uma carga de “un-mentionables” e “un-questionables” é uma coisa a que a sociedade dinamarquesa ainda vai demorar tempo a habituar-se.
Paralelos foram traçados pela Presidente da Associação Russa, onde algums erros foram cometidos e onde a Igreja Ortodoxa saiu a terreiro ainda mais veementemente que a comunidade islâmica, inclusivamente no caso de um cartaz sobre tolerância comissionado pela associação.