Em :: rato de biblioteca ::: Blogs e as estratégias de comunicação nas bibliotecas, o rato de biblioteca foca alguns aspectos discutidos ou ponderados no debate realizado na biblioteca do ISCA-UA.
A minha achega sobre os blogues institucionais: uma “página web” ou um “sítio web” é uma montra; um blogue é uma conversa. Nalguns casos extremos o “sítio web” não é uma montra, é uma lápide. O blogue pode aqui ser usado como único canal possível entre os prestadores reais de um serviço e o público que têm por missão servir.
É uma acto de coragem avançar para uma conversa com os utilizadores e arriscar-se a que no diálogo sejam ditas coisas que não se querem ouvir. É também uma demonstração de querer melhorar e estar disposto a expôr o livro de reclamações na montra mundial que é a internet.
Não nos podemos esquecer que uma biblioteca municipal é um serviço de uma câmera municipal e uma biblioteca universitária é um serviço de uma universidade. Estas entidades não entendem muito bem como um serviço de comunicação pública pode passar à volta do controle dos respectivos gabinetes de comunicação e imagem. Muitas vezes, sendo um serviço mediado por computadores não entendem como podem passar à volta dos respectivos gabinetes de informática. No caso das bibliotecas municipais, as respectivas tutelas apenas estão preparadas para receber veredictos dos seus clientes de 4 em 4 anos. Ter de as ouvir todos os dias … pode não ser fácil.
É, sempre, precisa muita confiança (daquelas que uma certificação ISO 9000 dá) no serviço prestado e no conhecimento das necessidaes dos utilizadores para criar condições para deixar todo o mundo ouvir e ver as reclamaçãoes que fazem de nós. No entanto, se bem me lembro do que a Drª Ana Terra me ensinou em NGQ, é possivel, e talvez desejável, encarar o blogue como uma ferramenta de proximidade e diálogo com o cliente, e devia ser encarada ao mesmo nível que os inquéritos de satisafação a nível de ISO 9000. Temos de deixar de os fazer apenas de 360 em 360 dias.
O blogue deve, sempre que possível, ser parte da estratégia de comunicação da unidade documental: aliás é precisamente pela identificação estreita entre o blogue e os restantes serviços online da biblioteca que se pode afirmar que “a biblioteca tem um blogue”.
Um blogue permite, à unidade documental promotora, afirmar todos os dias (por RSS): “Estou AQUI”.
As novas gerações não são grandes leitoras de ‘tripticos’ de ‘handouts’, de ‘posters’ na vitrina. E por falar disso: ‘Tripticos’, “Handouts’, ‘posters’ não constrem comunidade… são um monólogo, muitas vezes tresandando de “soberba”