Começou por relembrar a meme que lhe tinha ficado do tempo de estudante: a biblioteca como “Um santuário…um local de trabalho onde todas as respostas a todas as perguntas pareciam estar ao alcance da mão. Era alias impossível fazer investigação fora da biblioteca. Era também a era do micrifilem, não a era do digital.”
“Nesta nova ordem electrónica, estão as bibliotecas ultrapassadas (para os astrofísicos pelo menos)?”
Longe disso, diz a conferencista! Apenas têm um novo papel numa nova ordem ( “novum ordum gnosis”?) . Tal como muita outra coisa: afinal os astrofísicos também raramente vão aos observatórios… “mas precisamos deles como sempre precisámos. Agora, simplesmente, usamo-los remotamente. As bibliotecas são apenas lugares aonde não precisamos de ir fisicamente”.
Há afinal novas práticas de produção e publicação de novo conhecimento e resultados de investigação.
No ensino a diferença é ainda maior: o binómio: professor livro não é mais a configuração preferida de fonte de conhecimento.
O conhecimento precisa de estrutura para ser útil. A informação precisa de estrutura para ser conhecimento.
Os papeis do ensino e do professor: Amostragem (Sampling), Selecção (Selection), Apontar (Pointing), Guiar (Guiding)
As bibliotecas precisam de identificar novos papéis e novas funções nesta nova ordem: livros reais ( com textura e cheiro) – selecção de fontes de informação – bases e bancos de dados – livros virtuais e reais.
É uma função mais vasta – assistir: o que fazer – como aceder – familiaridade com múltiplosbancos de dados e seus conteúdos – serviços inter bibliotecas – etc., etc., etc…
Num mundo em que as fronteiras entre as ciências são cada vez mais esbatidas… que raio quer dizer “conhecimento inter disciplinar”? A ciência é um continuum.